segunda-feira, 23 de março de 2009

Agência interna ou externa?

Essa é uma questão que sempre me intrigou. É melhor manter um departamento de comunicação dentro da própria empresa ou contratar uma agência externa? Ora, como tudo na vida, tem sempre um lado bom e outro ruim.

Na minha opinião, o bom de estar dentro da empresa é o acesso mais fácil às informações. Como a grande maioria das pessoas não têm uma cultura de comunicação bem desenvolvida, acabam tendo dificuldades em identificar e transmitir as informações relevantes para uma agência externa. Estando lá dentro, facilita.

Por outro lado, ficar isolado dentro da empresa pode distanciar os profissionais de comunicação da realidade e do cotidiano dinâmico do mercado. Outra vantagem é o olhar crítico, que é mais genuíno se vier de fora para dentro. Quando fazemos parte do quadro de funcionários, perdemos um pouco dessa liberdade. Há ainda um certo desconforto em relação aos demais já que a rotina dos profissionais de comunicação costuma ser um pouco diferente dos outros departamentos.

Certa vez trabalhei internamente e algumas coisas me entristeciam. A comida, por exemplo, era servida para todos num refeitório próprio. Não era das melhores, mas quem não quisesse almoçar lá tinha que colocar a mão no bolso. Já o departamento de comunicação, como estava quase sempre na rua, ganhava vale-refeição. Mas mesmo quando estávamos na empresa saíamos para comer fora. Outra diferença era no uso da internet. Quase tudo era bloqueado. Mas a área de comunicação tinha acesso a e-mail pessoal, orkut e msn porque são ferramentas do nosso trabalho. Enfim, essas diferenças me constrangiam.

É por essa e por outras coisas que do ponto de vista de funcionária sempre preferi agência. E olhando pelo lado da empresa, acho que também acabo preferindo o trabalho externo. Exige que os funcionários e a diretoria sejam bem treinados para que as boas oportunidades não fujam do radar, mas funciona melhor. Bom mesmo é quando a empresa se disponibiliza a colocar alguns profissionais internamente para fazer o levantamento dessas informações importantes e passar para as agências externas. Aí fica perfeito.

Qual é a opinião de vocês sobre isso?

6 comentários:

Lauro Rocha disse...

Externa. Com certeza. Uma empresa deve focar na sua área e deixar a comunicação (assessoria, marketing, publicidade, etc.) com especialistas.

O ideal é ter um profissional de comunicação para fazer essa ponte entre a empresa e a agência. Escolhendo, é claro, uma agência que personalize o trabalho. Não adianta eu pegar uma empresa para fazer a minha assessoria e o mesmo assessor cuidar de várias contas, tem que ser um específico.

Assim, além de melhorar o nível, dá para controlar até a gestão financeira da empresa (poupando salários e demais gastos de um funcionário).

Att,
Lauro Rocha.

Deborah Huff disse...

Oi Má,
Por acaso este exemplo que vc deu é a Vitaderm? kkkk. Foi complicado mesmo esta questão lá né?
Parabéns pelo conteúdo do blog! está óootemo.
bjks

Pablo Orrico disse...

O grande lance é fazer a empresa, os chefes entenderam essa questão.
Na cabeça deles acontece o seguinte: se existe uma agência pra que ter profissonais de comunicação aqui dentro ou vice e versa.
Particularmente, acredito que o mais indicado é a empresa ter uma agência externa de AI e outra de PP e mais um profissional interno para gerencia e fazer a mediação das informações.

InformaMídia Comunicação disse...

Pelo jeito, concordamos em ter agências externas com profissionais trabalhando internamente para suporte.

PATRÍCIA SALES COMUNICA disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
PATRÍCIA SALES COMUNICA disse...

Além de estudante de jornalismo do 7º semestre, sou policial militar e trabalho no Departamento de Comunicação da PM, concordo plenamente com suas colocações, e te pergunto: o que você acha de ter que, exercer sua função em um Departamento de Comunicação da Instituição "Polícia Militar", onde muitas vezes o tal militarismo tenta quebrar as regras de um profissional da área de imprensa. Continuo nesta empreitada para ver até onde vai dar.