quarta-feira, 29 de julho de 2009

Universidade mineira desiste de curso de jornalismo

Apenas 14 alunos foram aprovados no processo seletivo para o curso de jornalismo da Uniube, Universidade de Uberaba. Diante do quadro, a Universidade decidiu simplesmente não oferecer o curso neste semestre.

Embora os vestibulares de meio do ano normalmente recebam menos inscritos, a baixa procura está significativamente atrelada a decisão do Supremo Tribunal Federal, que suspendeu a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão.

Ontem dei uma entrevista sobre esta questão e me pediram que deixasse uma mensagem aos estudantes e potenciais estudantes de jornalismo. Fui bem clara ao dizer que continuem perseguindo seus objetivos profissionais. Não se deixem abater por uma decisão ridícula e contraditória como essa.

A profissão de jornalista não é fácil, os ganhos não são altos, mas a satisfação pessoal alcançada por quem realmente ama o que faz é muito compensadora. Tenham sempre em mente que nunca faltará espaço para os melhores. Então, estudem cada vez mais, especializem-se e sejam sempre muito bons profissionais.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Mensuração de resultados em comunicação

Outro dia fui a uma festa e um dos convidados quis saber mais sobre o meu trabalho. Com muita calma, expliquei bem o que é uma assessoria de comunicação, como é o relacionamento com a imprensa, o desenvolvimento de canais via web 2.0 e todas as outras coisas que nós, profissionais da área, sabemos de cor, mas que os leigos desconhecem totalmente.

Ele ficou fascinado com as minhas explicações e demonstrou muito interesse pelo assunto. Diante de tanta surpresa e admiração, exclamou: "Nossa, que fantástico! Mas como você faz para mensurar isso? É tudo tão intangível...".

Ele tem razão. Não foi à toa que escolhi justamente este tema para o meu artigo científico de conclusão do curso de pós-graduação em comunicação empresarial. Sabemos que só o clipping, como conhecemos hoje, não é mais suficiente.

Por este motivo, quero propor a vocês que comecemos a debater sobre as metodologias de mensuração de resultados em comunicação empresarial. Gostaria que compartilhassem suas experiências, indicassem livros e outros materiais que possam me ajudar nessa nova saga. Posso contar com vocês?

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Twitando...

Já há algum tempo tenho refletido sobre o Twitter, a nova febre da internet. A ferramenta logo fez sucesso e conquistou importantes adeptos. Muitas empresas estão vendo nele a opção ideal para permancerem junto a seus públicos.

O número de usuários está cada dia maior e a rede tem se mostrado mesmo muito eficaz. Cada um segue e é seguido por quem bem entender. Usá-lo como aliado no trabalho, informativo, passatempo ou inutilidade é direito de cada um.

Pensando pelo lado da comunicação empresarial, vejo que se bem usada, essa pode ser a ferramenta ideal para dialogar com os stakeholders sem que seja por meio das famosas e destestáveis malas diretas ou pelos e-mail marketing.

Entretanto, particularmente, só indicaria o Twitter para um cliente se ele tivesse alto poder de geração de conteúdo. Estar lá, só por estar, não adianta. Melhor não entrar que simplesmente ser um perfil esquecido por lá.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Fragilidade no caso Dilma Rousseff

Mais uma polêmica gira em torno do jornalismo. Agora a bola da vez é a fragilidade do documento publicado pela Folha de S. Paulo em 05 de abril deste ano. O Jornal trouxe com destaque a suposta ficha criminal da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que entre outras bárbaries apresenta um plano para sequestrar Delfim Neto.

Mais que depressa, a ministra tratou de desmentir o documento apontando inclusive incongruência entre datas. Alguns jornalistas levantaram suspeita sobre a veracidade do documento e em 25 de abril a própria Folha de S. Paulo afirmou que não tem como garantir a legitimidade da ficha.

Ontem o ombudsman da Folha de São Paulo, Carlos Eduardo Lins da Silva, criticou a posição do jornal e defendeu a quebra do sigilo da fonte. “Se a Folha quer mesmo esclarecer o assunto, é simples: deve identificar a fonte que lhe enviou eletronicamente a ficha (assim, o público avaliará sua credibilidade) e instá-la a fornecer o documento original para exame de peritos isentos e pagos pelo jornal”, colocou. Dilma já fez isso. Contratou dois laudos técnicos que apontaram "manipulações tipográficas" e "fabricação digital".

Mais uma vez a imprensa assume a desconfortável posição de imatura e irresponsável. Criar polêmica a todo custo pode até vender mais exemplares no curto prazo, mas jamais contribuirá para a permanência de um veículo e muito menos para a importância social do jornalismo.

Se quiser amenizar essa vergonha, o mínimo que a Folha deve fazer é seguir os conselhos de seu ombusdman.

Fonte de imagem: Comunique-se.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Mestrado profissionalizante e estágio obrigatório

É, o povo resolveu correr atrás do prejuízo...

Uma Comissão criada pelo Ministério da Educação propõe a realização de mestrados profissionalizantes. Os cursos terão foco maior no mercado e não na acadêmia, como é atualmente. Assim, jornalistas por formação poderiam especializar-se em outras áreas e profissionais de outras áreas também podem cursar o mestrado em jornalismo.

“Essa proposta abre a possibilidade para que os jornalistas cursem mestrados em outras áreas e que, com o mestrado, profissionais de outra formação se especializem em jornalismo. Está de acordo com as tendências internacionais. Vejo isso como positivo”, avalia Carlos Chaparro, membro da Comissão.

Outra proposta é aumentar a carga horária dos cursos de jornalismo de 2.700 para 3.200 horas. Destas, 200 horas deverão ser cumpridas em estágios obrigatórios em veículos de comunicação.

O relatório deve ser entregue ao Ministério da Educação até 19 de agosto.

Fonte: Comunique-se.