quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Novos tempos para a imprensa

Ao longo da história dos meios de comunicação de massa, muito se falou sobre o fim dos veículos mais antigos, como foi o rádio com o surgimento da TV e o jornal impresso com a proliferação da internet. Mas, o que se pode perceber é que cada meio, bem ou mal, tem seu espaço e público fiel.

Talvez o grande segredo da continuidade esteja em suas características e em suas capacidades de adaptação. Muito tem se falado sobre o fim do impresso, já que hoje a grande maioria das pessoas tem o hábito de ler notícias na internet. Entretanto, a questão não é tão simples assim.

Um jornal francês, o Liberátion, resolveu adicionar um suplemento de 24 páginas em suas já tradicionais 72 folhas. O objetivo era cativar os leitores e conquistar mais adeptos ao veículo. Resultado: queda de 30% na circulação. O motivo é simples, os leitores se sentiram frustrados por não dar conta de ler tanto material diariamente. Uma prova evidente que maior, nem sempre é melhor.

Em contrapartida, um jornal sul-africano, o Daily Sun, criado para os cerca de 75% da população que nunca havia lido um jornal na vida, viu sua circulação bater a marca dos 500 mil exemplares dia. O segredo? Uma linguagem simples e muitas ilustrações.

Quero dizer com isso que não acredito no fim de nada, mas na mutação e na transformação de tudo. O que parece óbvio, muitas vezes não é. Está nas mãos de cada profissional de comunicação analisar as necessidades e transformações da sociedade moderna para criar as soluções em informações que são realmente demandadas por ela.

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