Não se fala em outra coisa. O mundo moderno exige que as empresas estejam antenadas às chamadas mídias sociais. A concorrência saiu apenas do âmbito das gôndolas para encarar a internet. Não importa só o seu market share, mas quantos seguidores você tem no Twitter e qual é o seu poder de persuasão sobre o seu público.
O fato é: há conteúdo suficiente para alimentar tantas mídias? Um artigo do relações públicas Maurício Felício afirma categoricamente que "não basta a estética se não tivermos o que falar". Talvez seja este o motivo que tantas mídias começam com fervor e logo caem no esquecimento.
Segundo ele, "os novos sites interativos de produtos, de marcas, de governos já estão a todo o vapor, mas, em diversos casos, o ponto crítico é que não há conteúdo que garanta a longevidade dos projetos na web". Está aí algo a nos fazer pensar na próxima vez que precisarmos criar um blog corporativo.
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Jornal virou coisa de museu?
Acabo de ler duas notícias que me despertaram a atenção. Uma revela que a circulação dos jornais brasileiros está caindo. Outra anuncia um site do Governo do Estado de São Paulo que visa a exposição da memória da imprensa (http://www.arquivoestado.sp.gov.br/memoria/index.php).
Uma não tem absolutamente nada a ver com a outra. Mas ler as duas quase que simultaneamente me faz analisar se jornal virou coisa de museu. Hoje também fiquei sabendo que a prefeitura de São Paulo está notificando algumas bancas da cidade para que elas mudem de lugar. O motivo seria que elas atrapalham a circulação de pedestres e que servem de esconderijo para bandidos.
Com tudo isso, penso como os jornais irão sobreviver. Será que eles resistirão à pressão da internet? Até hoje não há registros de que um meio de comunicação tenha definitivamente tomado o lugar do outro. Diziam isso quando a TV surgiu intimidando o rádio. O mesmo falaram quando a internet deu o ar de sua graça. Até agora os jornais enfraqueceram, mas será que chegarão ao desaparecimento total?
Na minha opinião falta adequação. Na agitada vida moderna que levamos fica difícil até ter ânimo para abrir aquele calhamaço de papel. É muita informação ao mesmo tempo. Complicado digerir tudo num dia para receber outro na manhã seguinte.
Recentemente um jornal americano teve a fantástica idéia de aumentar suas páginas. Não demorou muito e suas vendas despencaram. O motivo: os leitores se sentiam frustrados por não dar conta de ler tanta coisa.
Confesso que está complicado acertar na medida. Não dá para ser superficial nem detalhista demais. Agradar o leitor moderno é uma missão cada vez mais complicada a ser abraçada por nós, jornalistas.
Uma não tem absolutamente nada a ver com a outra. Mas ler as duas quase que simultaneamente me faz analisar se jornal virou coisa de museu. Hoje também fiquei sabendo que a prefeitura de São Paulo está notificando algumas bancas da cidade para que elas mudem de lugar. O motivo seria que elas atrapalham a circulação de pedestres e que servem de esconderijo para bandidos.
Com tudo isso, penso como os jornais irão sobreviver. Será que eles resistirão à pressão da internet? Até hoje não há registros de que um meio de comunicação tenha definitivamente tomado o lugar do outro. Diziam isso quando a TV surgiu intimidando o rádio. O mesmo falaram quando a internet deu o ar de sua graça. Até agora os jornais enfraqueceram, mas será que chegarão ao desaparecimento total?
Na minha opinião falta adequação. Na agitada vida moderna que levamos fica difícil até ter ânimo para abrir aquele calhamaço de papel. É muita informação ao mesmo tempo. Complicado digerir tudo num dia para receber outro na manhã seguinte.
Recentemente um jornal americano teve a fantástica idéia de aumentar suas páginas. Não demorou muito e suas vendas despencaram. O motivo: os leitores se sentiam frustrados por não dar conta de ler tanta coisa.
Confesso que está complicado acertar na medida. Não dá para ser superficial nem detalhista demais. Agradar o leitor moderno é uma missão cada vez mais complicada a ser abraçada por nós, jornalistas.
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Geisy volta a ser notícia
Pessoas morrendo em enchentes pavorosas e em terremotos avassaladores, mas Geisy Arruda, a estudante de turismo que foi à universidade usando micro vestido, ainda foi destaque no Fantástico deste domingo.
A moça aparece com um novo visual, "recauchutada" como diz a revista eletrônica semanal. Até o médico que lipou a estudante teve direito a entrevista para explicar o fascinante procedimento de tirar gordura abdominal para injetar no bumbum - talvez no intuito de dar algum tom de conteúdo à reportagem que por si é tão vazia.
Francamente, o Fantástico já teve dias melhores. E Geisy também já teve seus 15 minutos de fama (talvez até mais que isso). Me digam, por que requentar a pauta?
Tantas tragédias acontecendo, tantas pessoas sofrendo. Tanta invenção interessante que merece destaque, tanta gente brilhante que precisa de espaço. Gostaria sinceramente de entender o motivo de tamanha babaquice. Fica aqui a minha crítica e lamentação pelo desperdício de um horário tão nobre.
A moça aparece com um novo visual, "recauchutada" como diz a revista eletrônica semanal. Até o médico que lipou a estudante teve direito a entrevista para explicar o fascinante procedimento de tirar gordura abdominal para injetar no bumbum - talvez no intuito de dar algum tom de conteúdo à reportagem que por si é tão vazia.
Francamente, o Fantástico já teve dias melhores. E Geisy também já teve seus 15 minutos de fama (talvez até mais que isso). Me digam, por que requentar a pauta?
Tantas tragédias acontecendo, tantas pessoas sofrendo. Tanta invenção interessante que merece destaque, tanta gente brilhante que precisa de espaço. Gostaria sinceramente de entender o motivo de tamanha babaquice. Fica aqui a minha crítica e lamentação pelo desperdício de um horário tão nobre.
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Proteção ou censura? O PNDH...
O ano mal começou e as polêmicas em torno da imprensa já estão de volta. Desta vez o debate gira em torno do Programa Nacional de Direitos Humanos, que prevê a criação de um marco regulatório para a comunicação no país.
O Programa admite penalidades adminitrativas, advertência, multa, suspensão e até cassação às emissoras de rádio e televisão que exibirem programas ou publicidade atentórias aos direitos humanos. Óbviamente, o assunto logo virou polêmica, como uma tentativa do governo de censurar a imprensa.
Tenho que admitir que sou a favor do projeto e acredito que, se bem executado, tem tudo para ser um sucesso. Afinal, quem nunca se envergonhou em ver partes íntimas sendo exibidas livremente na TV em plena tarde de domingo quando toda a família se reúne? Zelar pelos direitos humanos nos meios de comunicação é sim dever do governo.
Que se cuidem os BBBs...
O Programa admite penalidades adminitrativas, advertência, multa, suspensão e até cassação às emissoras de rádio e televisão que exibirem programas ou publicidade atentórias aos direitos humanos. Óbviamente, o assunto logo virou polêmica, como uma tentativa do governo de censurar a imprensa.
Tenho que admitir que sou a favor do projeto e acredito que, se bem executado, tem tudo para ser um sucesso. Afinal, quem nunca se envergonhou em ver partes íntimas sendo exibidas livremente na TV em plena tarde de domingo quando toda a família se reúne? Zelar pelos direitos humanos nos meios de comunicação é sim dever do governo.
Que se cuidem os BBBs...
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
O que esperar em 2010?
Mais um ano chegando ao fim. Impossível não fazer um balanço da comunicação empresarial no Brasil ao longo dos útimos meses. Alguns progressos, como o fim da Lei de Imprensa, e outros retrocessos, como a não-obrigatoriedade do diploma de jornalismo. Enfim, 2009 foi um ano marcante.
Gosto de analisar o passado, mas mantenho sempre meus dois pés no futuro. O que passou fica como base, mas o que realmente importa é o que virá pela frente. E o que esperar de 2010? Certamente um ano cheio de emoções e grandes oportunidades.
Execelente para os amantes do esporte e da política. Os apaixonados por essas duas áreas certamente terão muito o que fazer. Além de ser ano de Copa do Mundo, o Brasil evidentemente estará com um olho na Áfria e outro aqui, pensando e preparando a Copa de 2014 e as Olímpiadas de 2016. Um prato cheio para quem quer se especializar em marketing esportivo.
Já os que acreditam que a política pode ser algo sério e honesto, eis que será lançada a campanha presidencial. Um momento super oportuno para aprendemos a fazer lobby com seriedade e respeito à sociedade. Colocar as empresas em contato com o governo nunca foi pecado, o problema é maneira como isso vem sendo feito.
De modo geral, o mercado continuará competitivo. A cada ano chegarão novos colegas recém-formados e até os que preferiram pular a parte da formação acadêmica. As coisas não serão fáceis. Exigirão cada vez mais de nós. Estamos finalmente conquistando nosso lugar ao sol e precisamos saber exatamente o que fazer com essa posição privilegiada para simplesmente não metermos nossos pés pelas mãos. Sempre haverá espaço para os profissionais que se dedicarem. Estejamos preparados. E que venha 2010!
Gosto de analisar o passado, mas mantenho sempre meus dois pés no futuro. O que passou fica como base, mas o que realmente importa é o que virá pela frente. E o que esperar de 2010? Certamente um ano cheio de emoções e grandes oportunidades.
Execelente para os amantes do esporte e da política. Os apaixonados por essas duas áreas certamente terão muito o que fazer. Além de ser ano de Copa do Mundo, o Brasil evidentemente estará com um olho na Áfria e outro aqui, pensando e preparando a Copa de 2014 e as Olímpiadas de 2016. Um prato cheio para quem quer se especializar em marketing esportivo.
Já os que acreditam que a política pode ser algo sério e honesto, eis que será lançada a campanha presidencial. Um momento super oportuno para aprendemos a fazer lobby com seriedade e respeito à sociedade. Colocar as empresas em contato com o governo nunca foi pecado, o problema é maneira como isso vem sendo feito.
De modo geral, o mercado continuará competitivo. A cada ano chegarão novos colegas recém-formados e até os que preferiram pular a parte da formação acadêmica. As coisas não serão fáceis. Exigirão cada vez mais de nós. Estamos finalmente conquistando nosso lugar ao sol e precisamos saber exatamente o que fazer com essa posição privilegiada para simplesmente não metermos nossos pés pelas mãos. Sempre haverá espaço para os profissionais que se dedicarem. Estejamos preparados. E que venha 2010!
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Mensuração na prática
Ontem foi o dia da entrega do artigo final da pós. Como havia dito anteriormente, meu objetivo era pesquisar as metodologias de mensuração de resultados em assessoria de imprensa adotadas pelas dez maiores agências de comunicação do Brasil.
Li vários artigos científicos sobre o tema e saí a campo para entrevistar os responsáveis pela área nessas dez agências. Ali encontrei minha primeira barreira. Apenas cinco toparam participar da pesquisa. Uma agência alegou sigilo das informações e outra reestruturação da área. As outras três nem se quer retornaram.
Fiz aplicação de um questionário com perguntas de escala, múltipla escolha e abertas. Os resultados foram muito parecidos em todas as agências participantes. O fato é que está lançada uma verdadeira corrida pela mensuração da comunicação.
Muitas empresas estão partindo para o exterior, a fim de estudar as metodologias adotas lá para importá-las, adaptando-as para a realidade brasileira. Também fica claro que a necessidade de mensuração é cada vez maior, tanto por uma demanda do cliente quanto da própria agência.
Entretanto, a obtenção de metodologias eficazes ainda é a maior dificuldade. O alto custo também inviabiliza a prática em muitos casos. Há também um conflito ético quanto à questão das próprias assessorias de imprensa realizarem a mensuração. Afinal, as metodologias avaliam o trabalho do assessor.
Enfim, o trabalho ficou bem interessante e complexo. Quem tiver interesse no documento, deixe um recado aqui com e-mail, que envio para vocês.
Li vários artigos científicos sobre o tema e saí a campo para entrevistar os responsáveis pela área nessas dez agências. Ali encontrei minha primeira barreira. Apenas cinco toparam participar da pesquisa. Uma agência alegou sigilo das informações e outra reestruturação da área. As outras três nem se quer retornaram.
Fiz aplicação de um questionário com perguntas de escala, múltipla escolha e abertas. Os resultados foram muito parecidos em todas as agências participantes. O fato é que está lançada uma verdadeira corrida pela mensuração da comunicação.
Muitas empresas estão partindo para o exterior, a fim de estudar as metodologias adotas lá para importá-las, adaptando-as para a realidade brasileira. Também fica claro que a necessidade de mensuração é cada vez maior, tanto por uma demanda do cliente quanto da própria agência.
Entretanto, a obtenção de metodologias eficazes ainda é a maior dificuldade. O alto custo também inviabiliza a prática em muitos casos. Há também um conflito ético quanto à questão das próprias assessorias de imprensa realizarem a mensuração. Afinal, as metodologias avaliam o trabalho do assessor.
Enfim, o trabalho ficou bem interessante e complexo. Quem tiver interesse no documento, deixe um recado aqui com e-mail, que envio para vocês.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Budget de comunicação
O fim do ano vai chegando e a gente não pensa em outra coisa a não ser planejar. Colocar na ponta do lápis como serão as ações do ano seguinte é uma tarefa que demanda habilidade e muita concentração.
Semana passada conversei com alguns especialistas para saber como o departamente de comunicação deve angariar um budget adequado às suas propostas. Como todos sabem, na maioria das empresas o dinheiro destinado a esta área é quase sempre insuficiente.
Segundo eles, a melhor maneira de conquistar a diretoria das empresas e convencê-las que é importante investir em comunicação é mostrando sua participação no desempenho da companhia. Mais uma vez, a mensuração de resultados é a peça chave no ciclo da comunicação empresarial.
Confiram algumas dicas essenciais quando o assunto é budget:
- Crie o budget de acordo com o planejamento estratégico;
- Se baseie no passado, mas foque o futuro;
- Prove que a comunicação gera resultados;
- Acompanhe o budget mensalmente e realoque recursos quando necessário;
- Não deixe faltar e nem sobrar dinheiro.
Crédito da imagem: http://www.villapark.org/2008-09Budget/budget_pie.gif
Semana passada conversei com alguns especialistas para saber como o departamente de comunicação deve angariar um budget adequado às suas propostas. Como todos sabem, na maioria das empresas o dinheiro destinado a esta área é quase sempre insuficiente.
Segundo eles, a melhor maneira de conquistar a diretoria das empresas e convencê-las que é importante investir em comunicação é mostrando sua participação no desempenho da companhia. Mais uma vez, a mensuração de resultados é a peça chave no ciclo da comunicação empresarial.
Confiram algumas dicas essenciais quando o assunto é budget:
- Crie o budget de acordo com o planejamento estratégico;
- Se baseie no passado, mas foque o futuro;
- Prove que a comunicação gera resultados;
- Acompanhe o budget mensalmente e realoque recursos quando necessário;
- Não deixe faltar e nem sobrar dinheiro.
Crédito da imagem: http://www.villapark.org/2008-09Budget/budget_pie.gif
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