quarta-feira, 27 de maio de 2009

A memória em meio a rotatividade de funcionários

Aquela velha história de trabalhar 20, 30 anos numa mesma empresa já não faz mais parte dos planos das gerações atuais. A rotatividade no mercado de trabalho está cada vez mais acelerada. Hoje o profissional está numa empresa, com acesso a todas as informações estratégicas da instituição, e no dia seguinte vai trabalhar na concorrência.

Esse vaivém desperta para cuidados na gestão das informações. Assim como pode levar informações importantes para os concorrentes, os profissionais que migram entre diversas instituições acabam levando consigo algumas informações que deveriam ter sido compartilhadas com seus grupos de trabalho (o mesmo acontece quando se aposentam). É por isso que toda vez que se perde um profissional materializa-se uma perda que vai muito além do talento, mas chega ao âmbito das informações que foram acumuladas ao longo do trabalho.

Como não dá para evitar esses processos migratórios, a empresa vê-se obrigada a implantar sistemas para gerenciamento de informações. E isso tem muito a ver com a preservação da memória empresarial. Cada empresa precisa buscar maneiras para preservar suas informações e memória. Nesse sentido, os departamentos voltados à informática e tecnologia podem ajudar. Desenvolver softwares para preservar e gerir as informações corretamente de acordo com as necessidades empresariais é vital para o gerenciamento da empresa num médio e longo prazo.
Como diz o Doutor em Comunicação Wilson Bueno, "o valor da informação aumenta quando há uma combinação de informações". Eis os benefícios de uma correta gestão de informações estratégicas.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O amadorismo na comunicação corporativa

Se tem uma coisa que me deixa profundamente irritada é ouvir dizer que qualquer um pode mandar uma "notinha" para a imprensa ou escrever um "jornalzinho" para clientes ou funcionários.

E o pior é que infelizmente este é um fenômeno para lá de comum em grande parte das empresas. É tudo na base do "jeitinho" e da negociação infinita de valores fazendo com que a comunicação seja comercializada quase que como as bananas numa feira livre. Quem oferecer mais por menos, leva o cliente.

A qualidade nem sempre (ou quase nunca) é levada em questão. Estamos vivendo a fase dos empregos para estagiários. Quando se formar, estará demitido. E outro estagiário ocupará seu lugar.

Absolutamente nada contra os estagiários, muito pelo contrário. Tenho vergonha de ver o quanto são explorados e obrigados a assumir funções que vão muito além do que sua pouca experiência permitiria.

Enfim, vamos vivendo curtos ciclos. Durante três anos você é o chefe. Comanda tudo, dá as ordens. Quando finalmente colocar as mãos no diploma, vai ter que assinar também o contrato de fim do estágio. E aí, estará com um currículo nas mãos para tentar novas oportunidades. Oportunidades essas que estão cada vez mais raras. Com a desculpa da crise, tem muita empresa substituindo profissionais formados pela baratíssima mão de obra "escraviária".

Afinal, para mandar "notinhas" e fazer "jornaizinhos" eles mesmos servem. E se não sobrar 500 reais para contratar o estudante, "nóis memo fazemo". Lástima.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

O que os jornalistas pensam do follow up...

Há alguns dias coloquei o follow up em questão aqui no InformaBlog. Para minha surpresa, ontem um leitor deste espaço, o Rodrigo Capella, me contatou para contar que escreveu um livro sobre assessoria de imprensa - Assessor de Imprensa – Fonte qualificada para uma boa notícia - e que fez uma pesquisa sobre esse assunto.

Mais de 73% dos entrevistados, composto por jornalistas e assessores, disseram que ambos devem se comunicar via e-mail e telefone. Entretanto, quase 27% dos jornalistas afirmaram que não gostam de receber essas ligações. A principal motivação seria a falta de tempo para falar ao telefone.

Segundo Capella, esse cenário indica que os jornalistas não querem receber ligações pois elas podem, em alguns casos, atrapalhar o dia-a-dia do profissional de redação. "Mas, mesmo assim, os assessores apostam nesse tipo de ferramenta como forma de diferenciar o seu conteúdo e tentar emplacar pautas", acredita.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Gestão estratégica?

Estratégia é uma das palavras mais usadas nas organizações ultimamente. No entanto, um estudo realizado pela consultoria global de negócios Hay Group, mostra que 80% dos gestores seniores das 350 maiores empresas da Inglaterra acreditam que a organização não será capaz de cumprir os seus objetivos estratégicos.

Sabe o motivo? Cerca de um terço dos gestores não compreendem a estratégia corporativa o suficiente para implementá-la. “Isso sugere uma falha na comunicação em que as mensagens se perdem em um efeito cascata na empresa”, afirma Rolando Pelliccia, diretor-executivo do Hay Group.

Tão ruim quanto isso foi o estudo descobrir que não há alinhamento entre os gestores. Cerca de 44% deles afirmaram que só iriam cooperar com os seus colegas se fossem forçados a isso, e 6% planejam sabotar ou resistir aos planos apresentados. Além disso, o estudo apontou que 63% dos líderes passam menos da metade do tempo de trabalho pensando no negócio como um todo.

Será que o mesmo não acontece no Brasil?

Fonte: Newsletter MetaAnalise

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Festival de blogs!

Como sabem, o InformaBlog está participando do prêmio TopBlog, uma iniciativa que visa reconhecer e valorizar o trabalho do blogueiro que compartilha seus conhecimentos e contribui para a formação de seus leitores.

Achei a idéia fascinante principalmente porque os vencedores não serão apenas os mais votados pelo público. Os blogs passarão por um júri acadêmico que avaliará a relevância do conteúdo, o layout, a apresentação das idéias, enfim, uma série de itens importantíssimos.

Fui dar uma espiada na concorrência e vi muita coisa boa. O prêmio está dividido em várias categorias, entre elas esporte, variedade, celebridades. O InformaBlog participa na categoria comunicação.

Votem e espalhem essa notícia!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

A dura relação entre jornalistas e assessores

Logo na minha primeira experiência na área de comunicação - como estagiária de uma assessoria de imprensa - notei o quanto a relação entre jornalistas de redação e assessores de imprensa era complicada. A sensação que tinha era a de que os próprios assessores se sentiam inferiores aos que estavam nas redações. Ficou subentendido para mim que assessorias de imprensa era lugar de jornalistas infelizes com a profissão.

Felizmente, ao contrário da maioria, eu me sentia muito feliz ali. Entretanto, ao longo dos lugares por onde passei vi muitos repórteres e editores maltratando assessores, muitos assessores se humilhando para incluir seus clientes em reportagens, clientes pressionando assessores para entrarem nos melhores veículos ou até mesmo ameaçando cortes de contratato (e cumprindo as ameaças) caso o assessor não suspendesse uma entrevista mal dada. Enfim, um trabalho sem estratégia e muitas vezes sem escrúpulos.

Para minha sorte, encontrei muita gente boa e competente nessa área que me fizeram entender o ofício da assessoria de imprensa em sua verdadeira face. Como um trabalho realmente estratégico, que fortalece a marca e a relação com os stakeholderes - e não mais como uma briga sem limites por espaços editoriais. Hoje posso dizer que meu trabalho como assessora de imprensa é relevante para a mídia, para a sociedade e para meus clientes. E mais, sou assessora porque escolhi isso para a minha carreira e não porque não tive oportunidades na redação.

Caso você, leitor, ainda não tenha entendido a relevância do trabalho do assessor de imprensa e está infeliz com sua profissão, tenho uma sugestão. Procure trabalhar em busca de resultados concretos e verdadeiros e não por um clipping cada vez mais maior. Venda para o seu cliente um serviço de fortalecimento de imagem e não a inserção no veículo x ou y. Mostre que seu trabalho pode e deve ir muito além de números astronômicos na centimetragem. Prove que a assessoria de imprensa pode ser muito mais que tudo isso.