terça-feira, 31 de março de 2009

Mídias sociais

Uma profissional de comunicação de uma grande empresa do setor de eletrônicos me mandou um e-mail perguntando se eu aconselhava o uso de mídias sociais como alternativa econômica de divulgação da marca em tempos de crise financeira.

Minha primeira reação foi: cuidado! Não acho que devemos ver as mídias sociais apenas como ferramentas de ampla abrangência e custo zero. Criar um blog, uma comunidade no Orkut ou em tantos outros sites de relacionamento pode não exigir um custo financeiro, mas exige dedicação humana.

Isso quer dizer que simplesmente criar essas ferramentas e não gerenciá-las corretamente pode fazer com o feitiço se volte contra a própria empresa. Acredito que antes de mais nada é preciso fazer uma pesquisa de opinião entre os usuários do produto para descobrir o nível de satisfação deles em relação à marca.

Esse levantamento é fundamental para dar início a um projeto de diálogo com o consumidor. Se eles estão satisfeitos, ótimo. Invista então em promoções exclusivas para os mais fiéis, lance concursos, enfim, interaja com eles. Já se a pesquisa descobrir que as pessoas não andam satisfeitas, é melhor mobilizar o SAC e até mesmo criar uma equipe apenas para atender as reclamações que chegam por estes canais.

O que quero dizer com tudo isso é que entrar na Web 2.0 achando apenas que é de graça é um erro enorme. Você não tem custo de veiculação, mas seu capital humano precisará ser mobilizado para tal função. O uso dessas ferramentas deve ser estratégico e não inconsequente.

segunda-feira, 30 de março de 2009

O assédio moral

Semana passada tive uma experiência bem desagradável com uma pessoa próxima. Desempregada há tempos, ela recebeu um convite de trabalho e logo aceitou. Mal sabia o que lhe aguardava. Ligações fora do horário de expediente, batidas de telefone na cara, ausência de verba para alimentação em evento, enfim, uma série de questões que sem dúvida dariam um bom processo na Justiça Trabalhista.

Conforme essa pessoa desabafava sua triste vivência, pude perceber que todos se solidarizavam e o pior, também tinham suas experiências para contar. Gritos, palavrões, ofensas e surtos psicóticos parecem fazer parte do dia a dia das empresas, em especial as pequenas e familiares.

Com os ânimos exaltados pela crise financeira global, a situação só piorou. A Associação dos Agdvogados Trabalhistas do Estado de São Paulo estima que todos os seus associados (cerca de mil profissionais) entraram com pelo menos uma ação de assédio moral sofrida por seus clientes. O Ministério Público do Trabalho de mais cinco estados (Rio de Janeiro, Pernambuco, Piauí, Santa Catarina, Ceará) também apuram cerca de 145 denúncias sobre assédio.

Fiquei refletindo sobre como isso vai contra a tudo o que defendemos em termos de qualidade e produtividade. Funcionário infeliz não produz em sua capacidade máxima, ou seja, é desperdício de mão de obra. É por esse motivo que devemos abrir os olhos dos administradores.

A comunicação interna não deve ser a prima pobre da comunicação. Ignorar o clima organizacional e não trabalhar para que ele seja sadio significa perda de dinheiro, seja na baixa produtividade, nos cultos gerados pela alta rotatividade de profissionais ou pior ainda, nas ações trabalhistas. Já está mais do que na hora dessa realidade mudar.

Boicote aos produtos fabricados às custas da saúde física e psiquica dos trabalhadores!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Evento como ferramenta estratégica de marca

Acabo de chegar da cobertura de um evento. Durante todo o dia fiquei conversando com expositores para saber qual foi o impacto da exposição para seus negócios. A resposta foi unânime: excelente! Muitos negócios fechados e outros tantos engatilhados.

Isso me fez analisar o quão estratégico são os eventos. Reunir gente de seu interesse, num lugar atraente para demonstrar o que você tem de melhor. Um luxo só. Podem reclamar dos custos (que realmente não são baixos), mas acho que no médio e longo prazo o resultado é certeiro se o evento for bem organizado.

Infelizmente em meio à crise financeira global, a área de eventos tem sido drasticamente atingida. Conversei com a diretora de comunicação externa da Embraer essa semana, Rosana Dias, e ela afirmou que o maior corte de investimentos e até de pessoal foi justamente nessa área.

Quando as coisas melhorarem e vocês tiverem que organizar um evento estratégico, tenho uma dica. A professora de RP, Ana Cristina Giacomo, me mandou um e-mail compartilhando suas experiências. Ela mantém o blog http://diplomaciacotidiana.wordpress.com/, que fala sobre etiqueta, cerimonial, protocolo e eventos. Antes de encarar esse desafio, vale a pena conferir as colocações dela.

quinta-feira, 26 de março de 2009

A complexidade do marketing político

Confesso que política não é um dos meus assuntos preferidos, mas diante do escândalo da Camargo Corrêa somos obrigados a refletir sobre a ética e os limites na prática de relacionamento entre empresas e governo.

Não sou contra o lobby, muito pelo contrário. Mas acho que ele não pode ser confundido com velho crime da mala preta recheada de dólares. O lobby deve estar baseado num tripé que fortaleça e beneficie a empresa, o governo e principalmente a sociedade.

Sei que é difícil entender isso, mas vou contar um caso de lobby de sucesso que acompanhei. Uma empresa estava passando por sérias dificuldades porque sua unidade fabril estava localizada numa área residencial. Eram constantes as reclamações de barulho e poluição. A comunidade resolveu se unir às autoridades para pedir o fechamento da fábrica.

Ao analisar aquele cenário a empresa não via outra alternativa a não ser encarar uma longa, cara e árdua mudança de município. Foi quando finalmente resolveram contratar uma equipe de comunicação para cuidar do caso. Depois de fazer um estudo completo sobre a região, ficou constatado que a empresa era de grande importância econômica para a região. Ou seja, nem o governo e nem a comunidade ganhariam com sua saída.

Foi então que começou um plano de comunicação no sentido de demonstrar a importância da empresa para a cidade. Foram desenvolvidas ações com a mídia local, escolas, centros sindicais, partidos políticos e governo. A empresa fez de tudo para minimizar os incomodos à comunidade, lançando um programa de diminuição de ruídos e de limpeza do rio que corta a cidade.

O final foi feliz para todos e é esse o tripé ao qual me refiro. Não é possível agirmos de forma unilateral, visando o bem de apenas uma das partes envolvidas. É preciso que cada um se esforce para que todos saiam ganhando. É assim que deve ser nas relações governamentais. O bem deve ser comum.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Comunicação do Word para o Excel

Durante muito tempo os profissionais de comunicação ficaram limitados ao conforto da seguinte frase: "é impossível mensurar resultados em comunicação, trabalhamos com o intangível". Hoje não é bem assim. As ações de comunicação estão sendo cada vez mais monitoradas por indicadores numéricos que apontam o que funciona e o que não funciona. Enfim, estamos migrando dos extensos relatórios especulativos no Word para encarar a racionalidade das planilhas de Excel.

Um dos precursores desse caminho foi o professor da Harvard Business School e um dos autores do Balanced Scorecard (BSC), Robert Kaplan. Segundo ele, "o que não é medido, não pode ser gerenciado". E é justamente este o mérito do BSC, tornar o intangível, tangível.

O BSC tem sido cada vez mais utilizado para mensurar resultados em comunicação. Seu maior propósito é traduzir o planejamento estratégico em dados numéricos. Essa possibilidade de avaliar, analisar e medir é capaz de gerar mais conhecimento e principalmente credibilidade à área de comunicação. Quem sabe assim as pessoas deixem de vê-la como despesa e não como investimento, como deve ser.

terça-feira, 24 de março de 2009

Cultura organizacional

Cultura é um termo bastante complexo. Poderia também ser chamada de comportamento comum, hábito de determinado grupo de pessoas. Cada sociedade e tribos têm suas culturas. E, obviamente, as empresas também.

Até aí, tudo normal. O problema é quando a cultura já está tão forte e enraizada que seja capaz de cegar as pessoas. Quando as coisas são feitas mecanicamente, sem que sejamos capazes de refletir sobre elas, sem analisar suas causas e efeitos.

Têm empresas onde a maioria só quer saber de obedecer, sem fazer a menor crítica sobre processos e procedimentos que já não funcionam mais. É a cultura do cego, surdo e mudo, onde não há espaços para interpretações e questionamentos.

Essa animação que coloco abaixo mostra um pouco dessa tendência em seguir rotinas sem avaliar a eficácia e importância delas. Até onde nossas empresas têm agido como esses macaquinhos?


segunda-feira, 23 de março de 2009

Agência interna ou externa?

Essa é uma questão que sempre me intrigou. É melhor manter um departamento de comunicação dentro da própria empresa ou contratar uma agência externa? Ora, como tudo na vida, tem sempre um lado bom e outro ruim.

Na minha opinião, o bom de estar dentro da empresa é o acesso mais fácil às informações. Como a grande maioria das pessoas não têm uma cultura de comunicação bem desenvolvida, acabam tendo dificuldades em identificar e transmitir as informações relevantes para uma agência externa. Estando lá dentro, facilita.

Por outro lado, ficar isolado dentro da empresa pode distanciar os profissionais de comunicação da realidade e do cotidiano dinâmico do mercado. Outra vantagem é o olhar crítico, que é mais genuíno se vier de fora para dentro. Quando fazemos parte do quadro de funcionários, perdemos um pouco dessa liberdade. Há ainda um certo desconforto em relação aos demais já que a rotina dos profissionais de comunicação costuma ser um pouco diferente dos outros departamentos.

Certa vez trabalhei internamente e algumas coisas me entristeciam. A comida, por exemplo, era servida para todos num refeitório próprio. Não era das melhores, mas quem não quisesse almoçar lá tinha que colocar a mão no bolso. Já o departamento de comunicação, como estava quase sempre na rua, ganhava vale-refeição. Mas mesmo quando estávamos na empresa saíamos para comer fora. Outra diferença era no uso da internet. Quase tudo era bloqueado. Mas a área de comunicação tinha acesso a e-mail pessoal, orkut e msn porque são ferramentas do nosso trabalho. Enfim, essas diferenças me constrangiam.

É por essa e por outras coisas que do ponto de vista de funcionária sempre preferi agência. E olhando pelo lado da empresa, acho que também acabo preferindo o trabalho externo. Exige que os funcionários e a diretoria sejam bem treinados para que as boas oportunidades não fujam do radar, mas funciona melhor. Bom mesmo é quando a empresa se disponibiliza a colocar alguns profissionais internamente para fazer o levantamento dessas informações importantes e passar para as agências externas. Aí fica perfeito.

Qual é a opinião de vocês sobre isso?

sexta-feira, 20 de março de 2009

Comunicadores mais fortes para superar a crise

Ontem conversei com o presidente da Abracom, Ciro Dias Reis, sobre a pesquisa que já divulguei aqui no blog. Embora muitas agências e departamentos internos de comunicação tenham declarado que sofreram cortes devido à crise econômica mundial, Reis garante que os comunicadores de hoje estão muito mais bem preparados para enfrentar esse momento que no passado.

"Nos últimos dez anos houve uma grande modernização nas empresas, na área de comunicação e nos profissionais comunicadores. Tudo isso faz com que as empresas pensem muito bem antes de cortar verbas e funcionários dessa área", afirma. "O treinamento desses profissionais leva tempo e dinheiro. Demití-los representa uma perda muito grande", completa.

Segundo ele a única certeza que se tem neste momento é que a crise, mais cedo ou mais tarde, vai acabar e, quando isso acontecer, vai se dar melhor quem não se deixar abalar por ela. "A situação exige capacidade de inovação, criatividade e ousadia. Vai sair na frente quem mostrar que é capaz de fazer mais com menos", conclui.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Reputação empresarial

De olho nas tendências tecnológicas, a Aberje - Associação Brasileira de Comunicação Empresarial - deu início a um novo núcleo de trabalho, o de Linguagem Audiovisual. A idéia é disponibilizar vídeos no site da Aberje (http://www.aberje.com.br/) e no YouTube (http://www.youtube.com.br/) sobre os mais variados temas dentro da comunicação organizacional.

Assista esse sobre reputação empresarial com o jornalista Francisco Viana:

http://www.youtube.com/watch?hl=pt&v=Ck62RRefdi0&gl=BR

quarta-feira, 18 de março de 2009

A comunicação pagando a conta da crise

A Abracom - Associação Brasileira de Agências de Comunicação divulgou uma pesquisa sobre o impacto da crise econômica nos departamentos e agências de comunicação. Cerca de 42% dos entrevistados informaram que o faturamento foi afetado no último trimestre.

No estudo ficou constatado que 25% tiveram corte de contratos em andamento, 24% relataram suspensão de projetos, enquanto 17% renegociaram fee em andamento e mais 17% renegociaram fee na renovação de contratos.

Em 2008, 48% das agências faturaram no mesmo nível que em 2007, 39% faturaram mais que no ano anterior e 13% tiveram resultados piores.

terça-feira, 17 de março de 2009

Marketing esportivo

Todo mundo sabe que estampar sua marca em eventos esportivos ou mesmo nos uniformes dos competidores gera bastante visibilidade. O que a LG, empresa sul-coreana de eletrônicos, acaba de descobrir é que o investimento em marketing esportivo também pode gerar aumento nas vendas.

Uma pesquisa realizada pela TNS Sport Brasil acaba de revelar que os torcedores são-paulinos, clube patrocinado pela marca, compraram 40% mais celulares da empresa que os torcedores de outros times brasileiros.

Mais de 19% dos tricolores disseram ter aparelho da LG, contra menos de 14% dos outros torcedores. "A LG conseguiu entrar no coração dos são-paulinos e transformar essa associação em vendas. Temos aqui uma demonstração efetiva e não apenas empírica do resultado de um investimento em marketing esportivo", destaca o sócio-diretor da TNS Sport Brasil, César Gualdani.

Mas essa brincadeira não é nada barata. A marca investiu 16 milhões de reais para patrocinador o clube em 2009.

segunda-feira, 16 de março de 2009

O poder da persuasão

Todo mundo sabe que contra uma boa argumentação dificilmente há derrota. Saber usar as palavras certas, na hora certa, no tom exato são armas praticamente infalíveis. É o chamado poder de persuasão.

Quem nunca usou desses recursos para conseguir o que quer não sabe o que está perdendo. Persuadir é uma prática constante. Estamos frequentemente tentando convencer os outros de que nós estamos certos e que por isso, eles devem concordar conosco.

É óbvio que para tudo deve haver limite. Não se deve confundir persuasão com mentira, manipulação ou mesmo distorção. Persuadir quer dizer apenas argumentar, convencer.

E não conheço ninguém melhor nesse papel que o personagem Nick Naylor (Aaron Eckhart) do filme Obrigado por Fumar. Nick é um lobbista da indústria do tabaco e seu trabalho é convencer os outros de que fumar é legal, mesmo enquanto a mídia e a sociedade inteira estão contra o cigarro e todos os seus efeitos.

O filme é divertidíssimo, além de ser uma verdadeira aula de persuasão. Uma das frases mais célebres do personagem é "Argumente corretamente e nunca estará errado". E não é que ele tem razão?!

PS: Só para esclarecer, não sou fumante.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Media Training

Para quem não sabe, o media training é uma das ferramentas de aperfeiçoamento de porta-vozes. Ou seja, são mecanismos utilizados para melhorar a qualidade das entrevistas cedidas por executivos e especialistas. O treinamento é indispensável para quem quer ser uma boa fonte de informação para a imprensa.

Quem quiser saber mais sobre esse assunto deve recorrer à vasta bibliografia disponível sobre o tema. A minha dica é "Mídia Training - Como usar a imprensa a seu favor", do consagrado Heródoto Barbeiro, Editora Saraiva.

São 128 páginas hiper didáticas com conselhos bem práticos para a tão esperada hora da entrevista. O livro é quase todo em tópicos, facilitando ainda mais a compreensão do que deve e o que não deve ser feito durante este momento tão esperado e temido ao mesmo tempo.


quinta-feira, 12 de março de 2009

A pirâmide invertida

Muita gente tem dificuldade em entender o estilo do texto jornalístico. Por isso, resolvi dar uma forcinha. Todo mundo se lembra da história da Chapeuzinho Vermelho, certo? Pois agora, vocês vão ver o que seria essa história contada nas páginas de um jornal...


Lobo devora idosa e ameaça criança

Caçadores conseguem salvar mulher de dentro da barriga do lobo


Um lobo mau invadiu a residência de uma senhora e a engoliu na Floresta da cidade nessa manhã. Por sorte, caçadores ouviram os gritos de desespero da neta de Vovó Zazá, chamada Chapeuzinho Vermelho, e atiraram contra o lobo. Ao cair ao chão, os caçadores fizeram um corte no abdômen do animal e retiram a senhora com vida de dentro dele.

A menina, que pegou a estrada do rio para levar alimentos para sua avó adoentada, acabou se distraindo e desviando do caminho. “Antes de sair de casa, eu disse à Chapeuzinho que tomasse cuidado porque ouvi rumores sobre a existência de um lobo mau na Floresta. Mas ela não me obedeceu”, lamenta a mãe da menina.

Ao abordar Chapeuzinho, o lobo mau se identificou como sendo o anjo da guarda da Floresta. Inocente, a criança acabou revelando o endereço de sua avó. Quando chegou lá, o lobo estava deitado na cama da senhora. A garota estranhou os olhos, nariz, mãos e boca inchados da suposta avó. Incomodado com a desconfiança, o lobo partiu para cima da menina que gritou por socorro. “Eu desconfiei que aquela não fosse a minha avó e corri para pedir ajuda”, lembra Chapeuzinho.

Vovó Zazá foi internada para fazer exames e passa bem. O lobo morreu.



Isso é o que os jornalistas chamam de pirâmide invertida, que é a inversão dos fatos a partir dos mais para os menos relevantes. Dessa forma, construímos o lide, que é o primeiro parágrafo de uma reportagem, onde estão contidas respostas como "quem, com quem, quando, onde e porque".

quarta-feira, 11 de março de 2009

O advento das redes sociais

A tecnologia tem sido um aliado e tanto na construção da comunicação empresarial. Não é à toa que estamos sempre em busca de novas ferramentas para executar nossas atividades mais corriqueiras.

Uma recente pesquisa realizada pela Nielsen confirma essa tendência. Cerca de 67% dos internautas afirmam utilizar as chamadas redes sociais, que são os sites de relacionamento e blogs. O grande chamariz dessas ferramentas é que elas permitem a interação entre o autor e usuários e até mesmo de usuário para usuário. A tendência é tão forte que os tradicionais portais tiveram declínio de 24% em 2006 para 16% em 2008.

O estudo mostrou ainda que os brasileiros gastam em média 23% do tempo que navegam exatamente nessas redes sociais. Outro fato interessante é que essas redes não são coisa apenas de jovem. É cada vez maior o número de usuários com mais de 39 anos.

terça-feira, 10 de março de 2009

A fofoca no ambiente empresarial

Quem nunca foi vítima de uma fofoca empresarial, é bem possível que ainda seja... Falar demais (às vezes até sobre o que não se sabe) é algo inerente ao ser humano. E já que não dá para erradicar o problema, o jeito é tomar atitudes para que a famosa rádio peão não destrua os relacionamentos empresariais.

Está comprovado que a fofoca é muito mais forte e destrutível em lugares onde não há espaço para informações oficiais. Quando a comunicação não tem uma postura clara, definida, o caminho fica livre para que cada um diga o que bem quiser. E, quem conta um conto, sempre aumenta um ponto.

Vale destacar que a comunicação não deve ser unilateral, no sentido descendente. Ou seja, não é correto ter fontes oficiais de informação apenas de cima para baixo, da diretoria para os súditos. A comunicação deve ser plurilateral, passando de todos por (e para) todos. É preciso criar ambientes onde haja diálogo e troca de opiniões.

Veja abaixo um exemplo típico de uma empresa que não possui política de comunicação interna:

segunda-feira, 9 de março de 2009

Falando em sustentabilidade

Já que toquei no assunto sustentabilidade, gostaria muito de compartilhar esse vídeo aqui no blog. São 20 minutos muito proveitosos que explicam exatamente o processo de consumo na sociedade capitalista. Vale muito a pena assistir:

A história das coisas...

http://video.google.com/videoplay?docid=-7568664880564855303

sábado, 7 de março de 2009

A voz do povo

Acabo de ler uma reportagem na Revista Exame sobre uma nova estratégia de comunicação empresarial: os painéis de stakeholders. A matéria traz o case do Bradesco que organizou um evento para 100 pessoas entre clientes, funcionários, fornecedores e representantes de ONGs com o intuito de ouvir a opinião desses stakeholders sobre as ações sociais e ambientais do banco.

É interessante notar que temos duas orelhas e apenas uma boca, mas é inevitável falar mais do que ouvir. Inverter essa constante é uma atitude que exige acima de tudo coragem. É preciso estar maduro e preparado para tomar conhecimento de opiniões contrárias sem tomar uma posição de desavença.

Mais importante ainda que saber ouvir é dar as respostas esperadas a esses stakeholders. Segundo o banco, a estimativa é apresentar novas soluções aos questionamentos no próximo relatório de sustentabilidade da instituição. Sem dúvida, um exemplo a ser seguido por outras empresas.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Comunicação em tempos de crise

Não adianta tentar fugir dos noticiários. Não se fala em outra coisa a não ser na crise financeira mundial. E, num cenário assombroso como esse, a comunicação mais uma vez aparece como fator de amenização. Em momentos assim chega a ser natural que as pessoas criem pânico. A incerteza do emprego transforma radicalmente o ambiente de trabalho. O medo se espalha e a produtividade cai.

Em situações desse tipo, nada melhor que um bom plano de comunicação interna. Adotar uma postura honesta, transparente é a única opção para evitar desgaste generalizado. Em vez de se afastar, os líderes precisam estar cada vez mais próximos dos funcionários, se dispondo a esclarecer dúvidas e amenizar anseios.

Inúmeras empresas têm apostado nisso. As maiores investem em programas de rádio e TV internos, jornais impressos, café com o presidente. Nas menores, uma simples conversa do gerente, um aperto de mão do proprietário já tem se mostrado eficiente. O que as pessoas querem é ser notadas. Ninguém gosta de ser apenas um número dentro de um conglomerado. Tratar cada pessoa como um ser humano único é o melhor jeito para enfrentar esse momento de forma menos dolorosa.

Gestão e comunicação

Uma das coisas que mais me chama a atenção nesse cenário de comunicação empresarial é o despreparo de muitos profissionais de gestão no que diz respeito à comunicação. Não estou falando exclusivamente de gestores com mais de 60 anos que encararam uma realidade bem diferente da atual, onde o estilo low profile era muito bem aceito. Estou falando de jovens recém-formados em Administração de Empresas, Economia e tantos outros cursos na área de gestão.

É incrível ver o quanto esses cursos de graduação enfocam nos lucros, resultados e muitas vezes acabam se esquecendo de pensar estrategicamente em medidas de médio e longo prazo. O bem estar do funcionário, o bom relacionamento com clientes e fornecedores, a atuação social da empresa com as comunidades, o relacionamento com a imprensa, enfim todos esses itens parecem nem ser notados por muitos deles.

Obviamente existe um problema cultural e educacional aí. Precisamos parar de pensar que comunicação é artigo de luxo, que é privilégio para grandes empresas e multinacionais. A comunicação bem feita, pensada, estratégica é um fator fundamental de sobrevivência em meio a mercados cada vez mais competitivos e globalizados. Ter o melhor produto não é mais suficiente para garantir faturamento. O consumidor, cada vez mais exigente e bem informado, quer sempre algo mais. E se não for bem atendido, não tiver suas expectativas plenamente atendidas, simplesmente não volta mais. Vale a pena repensar essa questão.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Os dilemas da comunicação empresarial

Como já dizia o nosso saudoso Chacrinha, "quem não se comunica, se trumbica". Mesmo com essa célebre frase ainda tem muita gente que parece preferir se trumbicar...

A grande maioria das empresas vê a comunicação como algo supérfluo, como despesa e não como investimento. E essa falta de olhar crítico normalmente acarreta em negócios mau sucedidos e incapazes de resistir ao tempo.

Felizmente as coisas parecem estar mudando lentamente. Os profissionais dessa área estão numa busca constante por mais conhecimento. Por isso, foi criado esse espaço no intuito de trocar experiências sobre tal campo científico. Qualquer informação dentro desse tema será muito bem-vinda. Colabore com suas sugestões e comentários!